quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

IMAGENS DO AFETO E A SESSÃO MAR DE ROSAS





Fotos: Bruna Maldonado
Produção: Milena de Andrade
Edição de imagens: Raphaella Spencer
Arte: Ivson de Souza
Curadoria: Raquel do Monte / Gabriela Saldanha

domingo, 11 de dezembro de 2011

CinePasárgada exibe Mar de Rosas

O cineclube do Espaço Pasárgada exibe nesta quinta-feira, dia 15 de dezembro, a partir das 19h, o filme Mar de Rosas da diretora paulista Ana Carolina. Após a sessão haverá o debate com o pesquisador da área cinematográfica Fábio Ramalho. A entrada é gratuita e a classificação do filme é livre.

Mar de Rosas é a primeira obra da trilogia de Ana Carolina. Sucesso cult no final dos anos 70, a produção é uma verdadeira pérola da produção cinematográfica brasileira, sobretudo, em função do seu não-alinhamento estético e narrativo. Segundo os críticos, junto com Sonho de valsa e Das tripas coração apresentam uma espécie de cronologia feminina, passando da infância à maturidade. O enredo do filme estrelado por Norma Bengell e Cristina Pereira trabalha sempre a ideia da inversão, seja da mise em scéne, seja no encadeamento espaço-temporal .

Para as curadoras do CinePasárgada Gabriela Saldanha e Raquel do Monte, exibir este filme possibilita, além da revisitação de um clássico, a tentativa de se percorrer a multiplicidade de caminhos estéticos trilhados pelos cineastas brasileiros. “A complexidade desta obra nos convida a pensar diversas questões, a psicanalítica, a política, as aproximações com o surrealismo, no entanto, talvez, o que nos interessa seja a especificidade com que Ana Carolina constrói a sua escritura fílmica e que diálogos implícitos o filme reverbera”, afirma a dupla.

Após a sessão haverá o debate com Fábio Ramalho que é doutorando vinculado ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Pernambuco. Sua pesquisa é sobre margens e afetos no cinema contemporâneo.

O CinePasárgada realiza suas sessões quinzenalmente sempre às quintas-feiras. Criado há quase um ano, o cineclube tem como eixo curatorial o aspecto híbrido do cinema, refletindo o diálogo da arte cinematográfica com as diversas expressões artísticas e acima de tudo com a literatura.

Serviço Sessão do CinePasárgada – Mar de Rosas
Quinta-feira, 15 de dezembro, às 19h.
Espaço Pasárgada – Rua da União, 263 Boa Vista


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PROJETOS COMPARTILHADOS EDIÇÃO DIÁLOGOS – MALAKOFF E PASÁRGADA

Mostra dos Curtas Vencedores do Festival de Triunfo em exibição gratuita, dias 27, 28 e 29 de setembro, na Torre Malakoff. Mais de 10 filmes premiados durante o Festival de Cinema de Triunfo, realizado em agosto de 2011. Uma realização do Espaço Pasárgada e da Torre Malakoff, programação CinePasárgada, apoio Coordenadoria de Audiovisual/FUNDARPE.

Não perca!

PROGRAMAÇÃO

27/09 (terça-feira), 18h
Brecha (PE – 6 min)
Café Aurora (PE – 20 min)
A Dama do Peixoto (Nacional/adulto – 11 min)
A Melhor Idade (Nacional/adulto – 14 min)

28/09 (quarta-feira), 15h
As Folhas (Sertões – 14 min)
Boi Ventania (Sertões – 14 min)
Fulô de Açucena (Sertões – 9 min)
Garoto Barba (Nacional/infantil – 14 min)
Fábula das Três Avós (Nacional/infantil – 17 min)

29/09 (quinta-feira), 18h
A Fábrica (Nacional/ adulto – 15 min)
Rio de Mulheres (Nacional/adulto – 20 min)
Timing (Nacional/adulto – 8 min)
Um Outro Ensaio (Nacional/adulto – 15 min)
O Céu no Andar de Baixo (Nacional/ animação – 15 min)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

CINEMA DE ANIMAÇÃO E LITERATURA DE CORDEL NO CINEPASÁRGADA DESTA QUINTA


Cinema de animação e literatura é o tema de setembro no CinePasárgada. Na sessão desta quinta-feira (22), a poesia do cearense Patativa do Assaré será exibida em dois filmes, no curta-metragem de animação Patativa, direção de Ítalo Maia (2001), e em seguida, no longa documentário Patativa do Assaré, Ave Poesia (2007), de Rosemberg Cariry.

O poeta nasceu na cidade de Assaré, no Ceará, em 1909 e foi batizado como Antônio Gonçalves da Silva, mas logo adotou o pseudônimo de Patativa do Assaré em referência à ave do sertão e a sua cidade de nascimento. Patativa morreu em 2002, tendo deixado uma vasta contribuição à cultura popular, especialmente à literatura de Cordel. Foi parceiro do Rei do Baião, para quem escreveu o poema A Triste Partida, musicado pelo próprio Luiz Gonzaga.

A sessão tem início às 18h, no Espaço Pasárgada, com entrada livre. Não perca!

Serviço

Sessão Animação e Literatura – Patativa do Assaré
Espaço Pasárgada
Rua da União, 263. Boa Vista
F. 3184-3091
Entrada livre

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Trailer Persepólis

Persepólis: literatura, cinema e quadrinhos

O CinePasárgada traz para a pauta de reflexões nas sessões do mês de setembro as diversas presenças da literatura no cinema contemporâneo. Para a exibição desta quinta-feira, dia 8, às 19h, o filme escolhido será a produção francesa Persepólis.

Persepólis é uma animação de 2007 que narra a trajetória de uma jovem iraniana ante as mudanças políticas de seu país, da queda do Xá Reza Pahlevi à chegada do aiatolá Khomeini. O filme é uma derivação do romance homônimo e autobiográfico de Marjane Satrapi. Para a curadoria do CinePasárgada, o texto da escritora radicada na França indica os vários diálogos viabilizados pela literatura contemporânea, já que o mesmo foi feito em quadrinhos. A série de quatro livros escritos nos primeiros anos da última década alçou a escritora iraniana ao posto de uma das mais respeitáveis romancista gráfica da atualidade.

O filme dirigido por Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi ganhou vários prêmios importantes na Europa, como o prêmio do júri no Festival de Cannes em 2007 e o César de melhor obra de estreia e roteiro adaptado.

Após a sessão as pesquisadoras de cinema Raquel do Monte e Gabriela Saldanha debaterão sobre Persepólis junto com a plateia. As sessões do CinePasárgada são abertas ao público e ocorrem quinzenalmente no Espaço Pasárgada.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pasolini e o discurso indireto livre

Teorema, longa-metragem de Pier Paolo Pasolini, é o filme que será exibido nesta quinta-feira (dia 25) no CinePasárgada. A sessão que tem início às 18h ocorrerá no Espaço Pasárgada e após a sua exibição haverá um debate com a pesquisadora Mariana Andrade, especialista na obra do diretor italiano.

O filme de 1968 desconstrói a representação de uma família burguesa e simultaneamente possibilita uma redefinição de identidade para os personagens envolvidos na narrativa nuclear. Outro aspecto interessante de Teorema é o fato de Pasolini articular o discurso fílmico à dimensão alegórica, fato que produz no espectador um estranhamento e uma aproximação.

De acordo com as curadoras Gabriela Saldanha e Raquel do Monte, escolher o filme de Pasolini deve-se, sobretudo, a proposta de tentar pensar o cinema de poesia e o discurso indireto livre. “Na poética pasoliniana, interessa-nos o devir, a inversão da ordem instituída e o reencontro”, afirmam. Elas indicam ainda que escolheram o filme para pensar de que forma o cinema reconfigura o conceito literário do discurso indireto livre.

Para mediar o debate a pesquisadora Mariana Andrade foi convidada. Ela é mestranda em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco e estuda o erótico como instrumento político na obra de Pasolini.

O CinePasárgada iniciou há duas semanas suas atividades do segundo semestre. Algumas novidades envolvem esta fase do cineclube, como a proposta de itinerância pelos aparelhos culturais do governo do Estado e a organização de cursos gratuitos sobre cinema, previstos para os meses de outubro e novembro. As sessões do CinePasárgada ocorrem quinzenalmente às 18h.

Serviço

Sessão Cinema de Poesia - “Teorema”

Espaço Pasárgada, Rua da União,

Quinta-feira, 25 de agosto, 18h.

Classificação etária: 16 anos.

Entrada livre.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

CINEPASARGADA EXIBE NA TORRE MALAKOFF “VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO”


As sessões do CinePasárgada estão de volta em agosto a partir desta quinta-feira (11), agora com a proposta de itinerância pelos espaços culturais da cidade. A primeira edição será na Torre Malakoff e o filme exibido “Viajo porque preciso, volto porque te amo” (BRA, 2009), dos diretores Marcelo Gomes e Karim Aïnouz.

O filme explora os sentimentos do geólogo José Renato pelos caminhos tortuosos do sertão. O relato aproximado do personagem, vivido por Irandhir Santos, premiado recentemente no Festival de Paulínia pela atuação em “A Febre do Rato”, traz indícios de um road movie documental.

Mais uma vez o povo nordestino, sua oralidade e os sentimentos universais dão o tom da narrativa, característica da parceria bem sucedida entre Marcelo Gomes e Karim Aïnouz na direção de cena. Imagens e palavras carregadas de identidades se misturam à filmografia desses dois diretores, que possivelmente o cineasta italiano Pasolini chamaria de um certo “cinema de poesia”.

Assim, o CinePasárgada começa sua segunda temporada sobre cinema e literatura com a temática da câmera colada aos sentimentos, ou o discurso cinematográfico subjetivo indireto-livre. Não perca a edição desta quinta, em nova casa, na Torre Malakoff, às 18h, com entrada livre.

Serviço

Sessão Cinema de Poesia - “Viajo porque preciso, volto porque te amo”

Torre Malakoff, Rua do Bom Jesus, s/n.

Quinta-feira, 11 de agosto, 18h.

Informações: F. 3184-3091

Entrada livre.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

COMUNICADO

No mês de julho não haverá sessões do CinePasárgada. Em agosto, o projeto retoma suas atividades com muito filme, debate e poesia. Não deixe de participar!
Para receber a programação, envie um e-mail para cinepasargada.fundarpe@gmail.com

terça-feira, 28 de junho de 2011

AS VÁRIAS VOZES NEGRAS EM DESTAQUE NO CINEPASÁRGADA

O CinePasárgada apresenta nesta quinta-feira (dia 30) uma sessão especial que trará dois filmes que abordam a temática da identidade negra. O primeiro é “Solano Trindade – 100 anos” e o outro “Eu, um negro”. Para debater o filme foi convidada a socióloga e pesquisadora Delma Silva, do Centro de Cultura Luiz Freire. A exibição é livre e tem início às 18h no Espaço Pasárgada.

A produção pernambucana “Solano Trindade – 100 anos” é um documentário dirigido por Alessandro Guedes e Helder Vieira. Nele, o personagem homônimo é apresentado através dos relatos que mesclam a sua trajetória biográfica, apresentando, inclusive, a sua participação no filme “A Hora e a Vez de Augusto Matraga” (1966), e também aspectos da cultura negra. A segunda obra apresentada na noite desta quinta será o clássico “Eu, um negro”, do etnógrafo francês Jean Rouch. O filme de 1959 fala sobre o desenraizamento e a desconstrução entre realidade e ficção no cinema documental.

Serviço

Sessão do CinePaságada: Solano Trindade, 100 anos e Eu, um negro
Quinta-feira, dia 30 de junho, às 18h.
Entrada livre
Espaço Pasárgada - Rua da União, 263, Boa Vista
F. 3184-3091
www.cinepasargada.blogspot.com

terça-feira, 7 de junho de 2011

CINEMAIÊUTICA ESTREIA NO CINEPASÁRGADA


Os filmes feitos na “periferia” da produção cinematográfica brasileira têm chamado a atenção do público e da crítica nas últimas duas décadas. De alguma forma, este cinema remonta a uma tradição conhecida como os ciclos regionais, iniciada nos anos 20. Para pensar um pouco a renovação desta vocação, o CinePasárgada apresentará nesta quinta-feira, dia 09, um programa de curtas-metragens gaúchos.

Dentro da sessão será exibido pela primeira vez no Recife o curta Cinemaiêutica de Rodrigo Falk Brum. O filme é uma metanarrativa sobre o fazer e a gramática cinematográfica. Em seguida serão exibidas produções da Casa de Cinema de Porto Alegre, produtora independente fundada em 1987 e que se tornou referência nacional e internacional em festivais. No CinePasárgada serão exibidos filmes de Carlos Gerbase, Jorge Furtado, Ana Luíza Azevedo e Fiapo Barth. Após a sessão as pesquisadoras em cinema Gabriela Saldanha e Raquel do Monte debaterão com o público.

Programação

Cinemaiêutica. Rodrigo Falk Brum. 13 min. (2010)

Oscar Boz, Jorge Furtado, 12 min. (2004)

Dona Cristina Perdeu a memória, Ana Luíza Azevedo, 13 min. (2002)

Trapolim, Fiapo Barth. 12 min. (1998)

Sexo & Beethoven. Carlos Gerbase 16min. (1997)

Barbosa, Jorge Furtado e Ana Luíza Azevedo, 12 min. (1988)

Serviço

CinePasárgada – Sessão Curtas-metragens gaúchos

Quinta-feira, dia 09 de junho, às 18h.

Espaço Pasárgada - Rua da União, 265, Boa Vista.

Entrada livre.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Toda Performance de Waly Salomão no CinePasárgada desta quinta


O CinePasárgada desta quinta-feira (26) exibe Pan-Cinema Permanente, de Carlos Nader. Filme lançado em 2008 e vencedor do Festival É Tudo Verdade, como melhor documentário.

Pan-Cinema Permanente apresenta uma panorama do poeta baiano Waly Salomão. Boa parte da poesia latejante de Waly foi parar em letras de música, fazendo do poeta grande parceiro de Caetano Veloso e Gal Costa. No cenário pop dos anos 90, Waly se juntou ainda à Cássia Eller e outros artistas da geração, favorecendo para o nascimento de um valioso repertório de grandes hits da música brasileira.

Diz precisamente Cléber Eduardo da Revista Cinética sobre a presença poética na imagem com Waly: “Waly Salomão é uma cena ambulante e permanente, um pan-cinema constante, a personificação da vida pública, do teatro em praça, da imagem em seu tempo histórico (o tempo histórico da imagem), sem dar chance para uma autenticidade sem artifícios”.

Tão consciente quanto a presença de Waly em cena é também a do diretor Carlos Nader, que por 15 anos captou imagens do homem-perfomance que era Waly. Nader é documentarista e videoartista, entre várias obras em vídeo, realizou em 1992, a cinebiografia de “O Beijoqueiro”, sobre José Alves de Moura, conhecido nos anos 80 e 90 pela obsessão em ganhar fama a partir da participação em eventos em que aproveitava a presença da imprensa para beijar pessoas públicas.

Lembrando que o CinePasárgada começa às 18h e a a entrada é livre.


CinePasárgada apresenta:
Sessão Pan-Cinema Permanente
Quinta-feira, 26 de maio, 18h
Espaço Pasárgada
Rua da União, 263, Boa Vista
Entrada livre

quarta-feira, 11 de maio de 2011

CINEPASÁRGADA DISCUTE O DOCUMENTÁRIO GERAÇÃO 65: AQUELA COISA TODA

O CinePasárgada desta quinta, dia 12 de maio, volta ao ano de 1965 e reconstrói toda tradição literária pernambucana dos poetas da geração de sessenta com o documentário “Geração 65: aquela coisa toda”, de Luci Alcântara. Lançado em 2008, o filme passou por diversos festivais, entre eles, o Festival de Cinema de Gramado (2009) e o Festival Internacional de Documentários de Cuba (2010).

Durante 90 minutos, o público irá encontrar um panorama do então Grupo de Jaboatão, que criaria para as próximas gerações, um legado de pluralidade escrita, marcado pela relação singular com espaços centrais da efervescência cultural do Recife no final dos anos sessenta, como a Livro 7 e o Bar Savoy, em meio a conturbada cena política brasileira da Ditadura Militar. Estão no filme para narrar e recriar momentos históricos, Raimundo Carreiro, Domingos Alexandre, Marco Polo Guimarães, Marcus Accioly, Lucila Nogueira e Jomard Muniz de Brito.

Após a exibição do filme, bate-papo com o escritor e poeta, Marcelo Mário de Melo, já antecipando o clima do que acontecerá dia 24 de maio, nos recitais poéticos do Café Com Poesia, às 19h, também no Espaço Pasárgada.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sessão - Geração 65: Aquela Coisa Toda

Quinta-feira, 12 de maio de 2011, às 18h.

Espaço Pasárgada, Rua da União, 263, Boa Vista.

Entrada livre.

cinepasargada.fundarpe@gmail.com


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Miró: Preto, pobre, poeta e periférico

CinePasárgada exibe filmes sobre poeta pernambucano Miró

Produzir literatura marginal, criar uma obra poética que flerta com a tradição da crônica urbana, talvez estes dois modos artísticos dialoguem com a escrita do poeta pernambucano Miró. É este universo múltiplo que o CinePasárgada traz às telas na sessão desta quinta-feira (dia 28). Na ocasião serão exibidos três curtas-metragens que têm como ponto de partida o universo periférico de Miró.

Os curtas “Onde estará Norma?”, “Miró, preto, pobre, poeta e periférico” e “Breve ensaio sobre a bestialidade humana” foram escolhidos para serem exibidos. O primeiro foi dirigido pelas jornalistas Bárbara Cristina, Jacqueline Granja e Patrícia Gomes e é fruto do trabalho de conclusão de curso da Universidade Católica de Pernambuco. Os dois últimos foram dirigidos por Wilson Freire.

Após a exibição o público poderá conversar com Miró, que além de falar sobre os filmes, divulgando seu 9º livro “Quase Crônico”, a venda por R$ 10,00. O livro foi lançado em agosto de 2010. Conhecido por sua presença dramática em poemas ácidos sobre o Recife, a cidade que vai do caos a lama e ainda é capaz de produzir poesia em estado bruto.

Apresenta:
Sessão Miró

Programação:
Onde estará a Norma? (Bárbara Cristina, Jacqueline Granja e Patrícia Gomes, 2007, 23 min)
Miró, preto, pobre, poeta e periférico (Wilson Freire, 2008, 26 min)
Breve ensaio sobre a bestialidade humana (Wilson Freire, 2010, 17 min)


Serviço
CinePasárgada - Curtas Miró
Quinta-feira, dia 28, às 18h
Espaço Pasárgada – Rua da União, 265, Boa Vista
Evento aberto ao público

segunda-feira, 11 de abril de 2011

CINEPASÁRGADA TRAZ A LITERATURA NO CURTA-METRAGEM PARA AS SESSÕES DE ABRIL





Em abril, o CinePasárgada participa das comemorações em homenagem ao aniversário do escritor pernambucano Manuel Bandeira, nascido em 19 de abril de 1922, e exibe o curta- metragem O Poeta do Castelo (1959), de Joaquim Pedro de Andrade. No filme, versos de Manuel Bandeira, lidos pelo próprio poeta, acompanham e transfiguram os gestos banais da rotina em seu pequeno apartamento no centro do Rio de Janeiro. A modéstia de seu lar, a solidão, o encontro provocado por um telefonema, o passeio matinal pelas ruas do bairro.

E para expandir a leitura cinematógrafica, na seqüência ao filme O Poeta do Castelo, o público irá conferir mais três curtas premiados sobre escritores que tiveram no Recife morada e inspiração. São eles: Soneto do Desmantelo Blue (1992), de Cláudio Assis, em homenagem ao poeta Carlos Pena Filho; Clandestina Felicidade (1998), de Marcelo Gomes e Beto Normal, e O Triunfo (2007), de Georgia Alves, inspirados em contos de Clarice Lispector.

Além de possuírem a literatura brasileira como base de suas narrativas, os quatro filmes são trabalhos inaugurais dos respectivos diretores que apresentam linguagens poéticas singulares para tratar do universo imagético criado por cada escritor. Para o debate, as jornalistas e curadoras do cineclube Gabriela Saldanha e Raquel do Monte convidam o público para uma conversa sobre os aspectos literários e fílmicos presentes nos curtas. A sessão começa às 18h, quinta-feira, dia 14, com entrada gratuita. O CinePasárgada fica na rua da União, 263, Boa Vista.

Serviço:

Sessão “curta os escritores”:

O Poeta do Castelo (11min)
Soneto do Desmantelo Blue (9 min)
Clandestina Felicidade (15 min)
O Triunfo (10 min)

Quinta-feira, 14 de abril de 2011, às 18h.

Espaço Pasárgada, Rua da União, 263, Boa Vista.

Aberto ao público, gratuito.

cinepasargada.fundarpe@gmail.com

www.cinepasargada.blogspot.com

quarta-feira, 30 de março de 2011

CinePasárgada exibe “O Céu de Lisboa”, de Wim Wenders, nesta quinta




As relações entre cinema e poesia e a dimensão poética do uso do som são o ponto de partida da sessão do CinePasárgada que ocorrerá nesta quinta-feira, dia 31, a partir das 18h. Nesta edição do cineclube, o filme escolhido é O Céu de Lisboa do aclamado diretor Wim Wenders. Para debatedor junto com o público foi convidado o jornalista Filipe Barros.

O Céu de Lisboa (1994) é mais um filme do diretor alemão que presta uma dupla homenagem: à imagem cinematográfica e ao som no cinema. Além destes dois aspectos, a produção também traz temas ligados ao universo de Wenders: a presença do espaço, os processos de subjetivação e descoberta do protagonista e a reflexão acerca da dimensão identitária multicultural contemporânea. Ao deparar-se com a capital de Portugal, a película evoca dois ícones culturais da região: a música, através do grupo Madredeus, e a poesia de Fernando Pessoa.

Filipe Barros Beltrão será o responsável na sessão para refletir sobre a dimensão poética do som e as diversas camadas implicadas na narrativa de O Céu de Lisboa. Ele é coordenador do curso de Produção Fonográfica da AESO, jornalista e músico da Bande Dessiné.

O CinePasárgada é um cineclube que ocorre semanalmente no Espaço Pasárgada. As sessões são abertas ao público e o eixo central dos encontros é a possibilidade de refletir sobre as inúmeras relações entre cinema e literatura.

SERVIÇO
Exibição do filme O Céu de Lisboa. Convidado Filipe Barros
Quando: Quinta-feira, dia 31 de março, às 18h.
Entrada livre

quarta-feira, 23 de março de 2011

CINEPASÁRGADA EXIBE O SURREALISMO DE JEAN COCTEAU EM O SANGUE DE UM POETA

O espectador do CinePasárgada desta quinta-feira será desafiado com o universo onírico do cineasta, poeta e pintor francês Jean Cocteau, no filme O Sangue de Um Poeta (1930). Nesta obra, Cocteau reflete sobre o mundo interior de um poeta, seus medos, obsessões e sua preocupação com a morte, compostas em quatro seqüências atemporais e ilógicas.

Em O Sangue de Um Poeta, muito mais do que o processo de criação de um poeta, Cocteau traz para as telas as inquietações de um artista, enquanto artesão das variadas formas de linguagem artística. Para isso, explora na montagem do filme as colagens, na tentativa de criar imagens fantásticas, surreais.

Em depoimento presente no documentário Jean Cocteau – Autobiografia de um artista desconhecido (1985), o próprio cineasta justifica tal modo de criação creditando ao pintor surrealista Salvador Dalí uma teoria peculiar chamada Fenixologia, onde diz que tudo e todos precisam morrer e renascer para existir. Baseado em tal determinação realizou suas obras.

O cinema foi o campo que mais trouxe projeção a Cocteau, além de O Sangue de um Poeta, obra inaugural da sua filmografia, realizou produções de sucesso como A Bela e a Fera (1946) e Orfeu (1950). Porém, Cocteau nunca se intitulou como tal, se auto-referia sempre como poeta. Sendo assim, escreveu mais de vinte livros de poesia, além de romances e textos para teatro. E pegando carona na viagem simbólica de Cocteau, o CinePasárgada dará continuidade ao ciclo temático de março, onde o cinema e a poesia são o foco do debate. A sessão começa às 18h, em seguida, debate com as curadoras Gabriela Saldanha e Raquel do Monte.

Blood of a Poet Trailer 1930

O Sangue de um Poeta

quarta-feira, 16 de março de 2011

Só Dez Por Cento é Mentira - Trailer

CINEPASÁRGADA TRAZ A POESIA DE MANOEL DE BARROS PARA A TELA PERNAMBUCANA

A dimensão poética da linguagem cinematográfica e a referência à poesia são alguns dos vínculos que ligam as duas expressões artísticas e que serão o ponto de partida para as sessões do CinePasárgada em março. No encontro inaugural, quinta-feira, dia 17, às 18h, ocorrerá a exibição do documentário “Só dez por cento é mentira”, que traz como personagem principal o poeta mato-grossense Manoel de Barros. Em seguida, o documentarista Marcos Enrique Lopes apresentará as suas considerações sobre o filme.

O documentário “Só dez por cento é mentira”, inédito no Recife, foi realizado em 2009 pelo diretor Pedro Cezar. O filme é um mergulho cinematográfico na biografia inventada e nos versos fantásticos do poeta sulmatogrossense Manoel de Barros. Alternando sequências de entrevistas inéditas do escritor, versos de sua obra e depoimentos de “leitores contagiados” por sua literatura, o filme constrói um painel revelador da linguagem do poeta, considerado o mais inovador em língua portuguesa.

Manoel de Barros tem 93 anos, cerca de 20 livros publicados e vive atualmente em Campo Grande. Consagrado por diversos prêmios literários, é atualmente o escritor brasileiro que mais vende no gênero poesia.

Marcos Enrique Lopes, além de ser um dos idealizadores do Projeto Cinema no Parque a R$ 1,00, é documentarista. No momento roda o país com seu novo curta-metragem, “Janela Molhada” (2010), sobre a história dos pioneiros do cinema pernambucano, os italianos Ugo Falangola e J. Cambieri. Em 2001, Marcos realizou “A Composição do Vazio”, sobre a vida e obra do filósofo Evaldo Coutinho.

Cinema e poesia a partir de Manoel de Barros

sexta-feira, 11 de março de 2011

Em breve

"Há várias maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira"

Manoel de Barros


AGUARDEM NOVAS NOTÍCIAS DA PROGRAMAÇÃO DO CINEPASÁRGADA.

domingo, 6 de março de 2011

Recesso momesco

"Nas próxima quinta-feira, dia 10, não haverá sessão do CinePasárgada. Retornaremos nossas atividades dia 17 com a nova programação de março, Cinema e Poesia".

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MENINO DE ENGENHO ENCERRA O CICLO DE DEBATES

O primeiro ciclo de debates promovido pelo cineclube CinePasárgada dedicou suas sessões a exibição de dois filmes clássicos da cinematografia brasileira, São Bernardo, de Leon Hirszman, e Grande sertão: veredas, dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira. Para fechar este primeiro bloco, dedicado às adaptações literárias do romance social brasileiro, na próxima quinta-feira, dia 24, o público poderá assistir ao longa-metragem Menino de Engenho, do diretor Walter Lima Jr., lançado em 1965.

O filme é uma adaptação da obra homônima do escritor José Lins do Rego, escrito em 1932. Filme e livro apresentam em comum a estréia de dois jovens talentosos em seus respectivos meios de realização, Walter Lima, que em 1963 havia sido o grande parceiro, como assistente de direção, de Glauber Rocha em Deus e diabo na terra do sol, e José Lins, paraibano que daria início com a obra Menino de Engenho, seqüenciada por Doidinho e Bangüê, à tríade literária regionalista conhecida como ciclo da cana-de-açúcar.

A narrativa traz ao público uma visão poética sobre a infância, ilustrada pela vida do menino Carlinhos. O poeta Carlos Drummond de Andrade, em nota ao jornal Correio da Manhã, pela morte do amigo José Lins, em 1957, atribui a Menino de Engenho o caráter de fábula nordestina. Este e outros apontamentos peculiares às duas obras, cinematográfica e literária, serão debatidos após a exibição do filme com o Doutor em Literatura Brasileira e professor da Pós-Graduação em Letras da UFPE, Anco Márcio Vieira. A mediação será da jornalista Gabriela Saldanha, mestre em Multimeios e curadora do CinePasárgada.

A sessão tem início às 18h. Para março, o CinePasárgada prepara uma série de filmes cuja relação com a literatura traga a Poesia para a roda de debates.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Imagem da segunda sessão do CinePasárgada


Na foto Angela Gandier mediando o debate e Diogo Reis trazendo suas considerações sobre Guimarães Rosa.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

CINEPASÁRGADA DEBATE A LITERATURA DE GUIMARÃES ROSA EM GRANDE SERTÃO: VEREDAS

Gabriela Saldanha

O cineclube do Espaço Pasárgada segue para sua segunda sessão dando continuidade a proposta de discutir as relações entre cinema e literatura. Esta semana, será a vez de assistir a Grande sertão: veredas, dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira, lançado em 1964, em uma adaptação do clássico da literatura brasileira, escrito por Guimarães Rosa.

Grande sertão é uma incursão no sertão mineiro permeado pelo convívio de dois personagens singulares, Riobaldo e Diadorim, interpretados por Maurício do Valle e Sônia Clara. Logo na abertura do filme, os irmãos diretores dão a tônica do que deve esperar o espectador: “Sertão, o senhor sabe, é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado!”. Em meio a reviravoltas, guerras e a solidão do homem em batalha, a amizade que se transforma em amor.

Sem dúvida, um trabalho de ousadia que exigiu dos irmãos Pereira adaptarem uma narrativa épica com quase 600 páginas, esmiuçada por um drama psicológico, para um roteiro com uma hora e meia de duração. A força da obra cinematográfica pode ser conferida pelo próprio autor, Guimarães Rosa, cujo romance já havia sido traduzido para diversas línguas. O filme é um dos clássicos lançados pela Companhia Vera Cruz de cinema.

Para o debate, após a exibição, estará presente o jornalista Diogo Reis, Mestre em Teoria da Literatura (UFPE) e ganhador do Prêmio Maximiano Campos de Contos Literários, em 2009, e do Prêmio Lucilo Varejão, como menção honrosa para melhor obra de ficção. A mediação será da curadora Ângela Gandier, doutoranda em Teoria da Literatura pela UFPE e professora do ensino superior de Literatura. A sessão do CinePasárgada acontece esta quinta-feira, às 18h, com entrada gratuita.


Serviço:
CinePasárgada – Sessão Grande Sertão: Veredas
Quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011, às 18h.
Espaço Pasárgada, Rua da União, 263, Boa Vista.
Aberto ao público, gratuito.









sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Registro do debate na sessão inaugural





A partir dos apontamentos trazidos pelo convidado, João Paulo Lima e Silva Filho, público participou do debate.
Fotografia: Gabriela Saldanha.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sessão São Bernardo



Acima a arte para a divulgação do CinePasárgada.
Crédito: Taís Nascimento

Othon Bastos fala sobre convite para fazer Paulo Honório

Sessão inaugural do CinePasárgada homenageia São Bernardo




O encontro do cinema com a literatura será o ponto de partida do novo cineclube do Recife, o CinePasárgada. As exibições ocorrerão semanalmente no Espaço dedicado a Manuel Bandeira e pretendem discutir as várias faces da relação entre as duas expressões artísticas. Para a sessão inaugural, que será nesta quinta-feira (10 de fevereiro), às 17h, o filme escolhido é São Bernardo e o debatedor João Paulo Lima e Silva Filho.

A ideia é que após a exibição de São Bernardo, filme de Leon Hirszman de 1971 adaptado da obra homônima de Graciliano Ramos, o convidado, que é doutor em Sociologia e pesquisa a relação entre sociologia e literatura a partir de Graciliano Ramos, traga algumas questões sobre a obra literária e a fílmica. Segundo João Paulo, o debate tentará levantar algumas questões como, por exemplo, a verossimilhança dos personagens Paulo Honório e Madalena e a voz narrativa do livro. Na fala ela também pretende comparar as duas obras.

São Bernardo, de acordo com a crítica cinematográfica, é uma das principais obras do cineasta carioca, considerado um dos expoentes do Cinema Novo. Leon também adaptou para o cinema Eles não usam black-tie, obra teatral de Gianfrancesco Guarnieri. A adaptação cinematográfica da obra regionalista foi roteirizada pelo cineasta e conta com a atuação de Othon Bastos e Isabel Ribeiro nos papéis de Paulo Honório e Madalena respectivamente. O tratamento rude do próspero fazendeiro, suas obsessões e subjugação dos trabalhadores rurais e feminina são alguns dos temas levantados por Graciliano e que foram mantidos na versão cinematográfica.

O convidado – João Paulo Lima e Silva Filho é graduado em Sociologia pela Universidade de Nancy 2 na França e fez seu mestrado em Ciências Sociais em Lyon. Em 2010 concluiu o doutorado na UFPE.

A curadoria – O CinePasárgada tem como curadoras as pesquisadoras Ângela Gandier, Gabriela Saldanha e Raquel do Monte. Ângela é doutoranda em Teoria da Literatura pela UFPE e professora do ensino superior de Literatura. Gabriela é mestre em Multimeios/ Cinema pela Unicamp e atua na área jornalística. Raquel é doutoranda em Comunicação pela UFPE e jornalista.

Para o cineclube as curadoras pretendem organizar sessões temáticas e já estão previstas as próximas que discutirão poesia, teatro, literatura e cinema e biografismos. No primeiro mês a discussões serão em torno do regionalismo. O CinePasárgada pretende também promover mini-cursos sobre assuntos correlatos ao cinema e a literatura.


Serviço:
CinePasárgada – Sessão São Bernardo.
Quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011, às 17h.
Espaço Pasárgada, Rua da União, 263, Boa Vista.
Aberto ao público, gratuito.

Apresentação

Imagem / Palavra. Cinema / Literatura: cenas reversíveis e lugares estratégicos de formas e narrativas. O diálogo entre cinema e literatura motivou e permanece estimulando muitos debates, reflexões e encontros na cultura brasileira moderna e contemporânea. A estreita relação entre Cinema e Literatura, além de ser umbilical, não se limita à tentativa de construir novas formas de olhar, mas também abre possibilidades de ancorar experiências estéticas a partir do jogo de espelhamentos que ocorre neste casamento entre imagem e palavra. A partir deste diálogo, nós do CinePasárgada decidimos organizar este cineclube, utilizando como dispositivo a imagem - da tela, do papel e do pensamento.

A nossa proposta inicial é que a cada sessão novas sensibilidades sejam substantivadas a partir das discussões promovidas em torno do eixo cinema e literatura. Para tanto, selecionaremos filmes brasileiros e estrangeiros que, extrapolando a dimensão da adaptação, favoreçam o trânsito de experiências e o aprofundamento em relação ao fazer artístico, sobretudo, o literário e o cinematográfico. Semanalmente promoveremos a apresentação de obras fílmicas clássicas e contemporâneas. Após a exibição, contarão com o debate em torno de questões estéticas, de linguagem e históricas suscitadas pelos filmes.

Promover esses encontros no espaço consagrado a Manuel Bandeira é para nós uma dupla possibilidade: o encontro com a escritura do poeta pernambucano e a legitimação da força poética do cinema.

Bons encontros, boas sessões, grandes reflexões!

Angela Gandier
Gabriela Saldanha
Raquel do Monte