terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MENINO DE ENGENHO ENCERRA O CICLO DE DEBATES

O primeiro ciclo de debates promovido pelo cineclube CinePasárgada dedicou suas sessões a exibição de dois filmes clássicos da cinematografia brasileira, São Bernardo, de Leon Hirszman, e Grande sertão: veredas, dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira. Para fechar este primeiro bloco, dedicado às adaptações literárias do romance social brasileiro, na próxima quinta-feira, dia 24, o público poderá assistir ao longa-metragem Menino de Engenho, do diretor Walter Lima Jr., lançado em 1965.

O filme é uma adaptação da obra homônima do escritor José Lins do Rego, escrito em 1932. Filme e livro apresentam em comum a estréia de dois jovens talentosos em seus respectivos meios de realização, Walter Lima, que em 1963 havia sido o grande parceiro, como assistente de direção, de Glauber Rocha em Deus e diabo na terra do sol, e José Lins, paraibano que daria início com a obra Menino de Engenho, seqüenciada por Doidinho e Bangüê, à tríade literária regionalista conhecida como ciclo da cana-de-açúcar.

A narrativa traz ao público uma visão poética sobre a infância, ilustrada pela vida do menino Carlinhos. O poeta Carlos Drummond de Andrade, em nota ao jornal Correio da Manhã, pela morte do amigo José Lins, em 1957, atribui a Menino de Engenho o caráter de fábula nordestina. Este e outros apontamentos peculiares às duas obras, cinematográfica e literária, serão debatidos após a exibição do filme com o Doutor em Literatura Brasileira e professor da Pós-Graduação em Letras da UFPE, Anco Márcio Vieira. A mediação será da jornalista Gabriela Saldanha, mestre em Multimeios e curadora do CinePasárgada.

A sessão tem início às 18h. Para março, o CinePasárgada prepara uma série de filmes cuja relação com a literatura traga a Poesia para a roda de debates.

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