quarta-feira, 23 de março de 2011

CINEPASÁRGADA EXIBE O SURREALISMO DE JEAN COCTEAU EM O SANGUE DE UM POETA

O espectador do CinePasárgada desta quinta-feira será desafiado com o universo onírico do cineasta, poeta e pintor francês Jean Cocteau, no filme O Sangue de Um Poeta (1930). Nesta obra, Cocteau reflete sobre o mundo interior de um poeta, seus medos, obsessões e sua preocupação com a morte, compostas em quatro seqüências atemporais e ilógicas.

Em O Sangue de Um Poeta, muito mais do que o processo de criação de um poeta, Cocteau traz para as telas as inquietações de um artista, enquanto artesão das variadas formas de linguagem artística. Para isso, explora na montagem do filme as colagens, na tentativa de criar imagens fantásticas, surreais.

Em depoimento presente no documentário Jean Cocteau – Autobiografia de um artista desconhecido (1985), o próprio cineasta justifica tal modo de criação creditando ao pintor surrealista Salvador Dalí uma teoria peculiar chamada Fenixologia, onde diz que tudo e todos precisam morrer e renascer para existir. Baseado em tal determinação realizou suas obras.

O cinema foi o campo que mais trouxe projeção a Cocteau, além de O Sangue de um Poeta, obra inaugural da sua filmografia, realizou produções de sucesso como A Bela e a Fera (1946) e Orfeu (1950). Porém, Cocteau nunca se intitulou como tal, se auto-referia sempre como poeta. Sendo assim, escreveu mais de vinte livros de poesia, além de romances e textos para teatro. E pegando carona na viagem simbólica de Cocteau, o CinePasárgada dará continuidade ao ciclo temático de março, onde o cinema e a poesia são o foco do debate. A sessão começa às 18h, em seguida, debate com as curadoras Gabriela Saldanha e Raquel do Monte.

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